Crônicas de um proustituto

O que há além do tempo, que nos ultrapassa e se disfarça em lembranças, construindo em tijolos o calabouço dos sonhos. Onde cada um de nós está, um íntimo e plural mundo de liberdade.

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tudo na tela é ficção

Saturday, December 17, 2005

Sem querer ofender o palhaço.

Ontem estive na camara legislativa. E é triste pensar como as "coisas" funcionam no sistema do capital, onde o tempo não faz parte da vida, a vida é só um pretexto.

Sem querer ofender o palhaço, mas o circo foi bem armado, a plateia pouco sacava dos segredos nos truques da trupe, que feito uma cantoria afobada narrava os trabalhos do grande expediente:
-Aqueles que concordam com a construção de predios no centro da cidade com até 23m² (sete andares) de carater hoteleiro, sem qualquer estudo prévio sobre os impactos socio-ambientais permaneçam sentados.
- Vendido. Pelo lance mínimo de vossas consciencias.

E devido ao atraso da hora e já que vamos louvar por meio do Decreto Legislativo pessoas do mais alto respeito nessa sociedade. Sugiro que seja feita votação por bloco de 15... ou seja, sem lermos pra quem é a homenagem [silêncio, ele propôs isso e nem pra corar a face... políticos], pensando melhor vamos ler um por um.

Excertos:
Ao Governador [por implantar uma usina a base de carvãovegetal no estado, distribuir terra entre seus pares, implantar a monucultura da soja, mandar bater nos professores em greve, encher as obras pública de cercas de madeira, por gastar mais com propaganda que com educação, pelo populismo e pelo cinismo que trata os movimentos sociais];

Ao Secretário de Educação [por tranformar as escolas públicas em pregador de cargos de confiança, por ser dono de uma rede privada de ensino, pela progressão continuada, pela falta de merenda e atrazo no pagamento dos funcionários];

Ao Reitor da Federal [por seu empenho em nunca comparecer ao Consun, por sua apatia junto a busca de recursos, pela indiferença com o movimento estudantil, por ser o menos votado e o eleito, pela estaguinação desta instituição, pelo fim do ensino público, gratuito e de qualidade social, com pesquisa e extensão neste estado].

- Ao repres. do TCE [Por julgar com veemência as contas do estado, dando a essa casa liberdades asseguradas por lei...]

Vivas a legalidade, a moralidade pinte na minha camisa.
...

E o tempo que nos resta, vale uma vida?

(PS.: Estávamos na Câmara de vereadores em busca de apoio a delegação do Fórum Social Mundial)

1 Comments:

Blogger Tati Tosta said...

Vale sim!

Ainda com todas essas verdades, vale a vida!
.
'vendido pelo lance mínimo de vossas consciencias'

eu apreciei isso!

9:47 AM  

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